Talvez, você não conheça o termo “greenwashing”, mas, sem dúvidas, já se deparou com alguma prática!
Segundo uma pesquisa do Harris Poll para o Google Cloud, 58% dos CEOs acreditam que suas empresas já praticaram greenwashing. Esse dado demonstra a importância dos consumidores não apenas conhecerem essa prática, como também aprenderem a identificá-la e evitá-la.
Por isso, ao longo desse conteúdo vamos explicar o que é o greenwashing, dar alguns exemplos de empresas que já realizaram essa tática e algumas dicas de como te prevenir. Boa leitura!
O que é o greenwashing?
Greenwashing são práticas enganosas adotadas por empresas que visam criar uma imagem de responsabilidade ambiental mais positiva do que ocorre na realidade.
Ou seja, quando as organizações fazem alegações falsas ou exageradas em relação à adoção de práticas ambientais, visando atrair a grande parcela de consumidores que dão preferência a marcas preocupadas com o meio ambiente.
Além de confundir os consumidores, o greenwashing também desvaloriza as empresas que são realmente comprometidas com a sustentabilidade e a responsabilidade ambiental.
As principais práticas adotadas pelas organizações são:
- Realizar alegações não verificadas, sem fornecer evidências sólidas para respaldá-las;
- Uso de termos vagos ou ambíguos, como “amigo do ambiente”, “ecológico” ou “natural”, sem definições claras ou padrões estabelecidos;
- Focar apenas em destacar uma única ação ambiental positiva, enquanto ignora seus impactos negativos maiores;
- Usar imagens ou embalagens que remetem à natureza ou à sustentabilidade, mesmo que os produtos ou práticas em questão não sejam realmente sustentáveis;
- Investir em ações de caridade ou filantropia para distrair a atenção dos problemas ambientais reais da empresa;
- Comparar as práticas ambientais da empresa com concorrentes, ainda que os comportamentos de ambos sejam questionáveis.
Como funciona o greenwashing na prática?
Como o greenwashing pode proporcionar retornos concretos para a empresa, sem a necessidade de grandes investimentos (desde que não seja identificado), essa acaba sendo uma prática comum no mercado.
Inclusive, existem alguns exemplos que ficaram marcados:
Fiat
Em 2017, a empresa anunciou um “pneu verde”, que era mais durável e ajudava a reduzir o consumo de combustível, contudo, foi descoberto que a produção e descarte do material contrariavam as questões ambientais.
General Motors
Também em 2017, a marca adotou o termo “eco” para se referir a uma linha de motores e transmissões, que prometiam melhorar a emissão de gases poluentes, mas não havia provas consistentes desses benefícios.
Nestlé
Em 2009, a marca lançou uma campanha no Canadá com o slogan “água engarrafada é o produto mais ambientalmente responsável do mundo”.
No entanto, a alegação sem fundamentos foi duramente criticada por entidades conservacionistas e a empresa precisou se retratar com os consumidores.
Como identificar e evitar o greenwashing?
Para evitar cair em armadilhas de greenwashing, os consumidores e investidores precisam ser críticos e examinar as alegações das empresas com cuidado.
Ou seja, você deve buscar informações de fontes confiáveis, verificar certificações reconhecidas e considerar o quadro geral das práticas de uma empresa em relação à sustentabilidade.
No caso dos investidores, é importante também solicitar relatórios e documentos que atestem que as práticas alegadas foram realmente implementadas, bem como os resultados ambientais alcançados.
Esses cuidados são fundamentais para reprimir a adoção do greenwashing, levando as empresas a adotarem, de fato, medidas sustentáveis.
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