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IFRS S1 e S2: entenda mais sobre esses relatórios!

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    Quais as contribuições dos relatórios IFRS S1 e S2?

    Ao colocar em prática programas que incorporam a sustentabilidade nos negócios, as organizações podem divulgar informações sobre os riscos e oportunidades socioambientais, facilitando a tomada de decisões dos seus investidores.

    Neste contexto, temos o International Financial Reporting Standards (IFRS), que traz recentemente duas novas frentes, o IFRS S1 e S2. Continue lendo e saiba mais sobre esses relatórios!

    O que é o IFRS?

    O International Financial Reporting Standards (IFRS) corresponde às diretrizes e princípios para a preparação e apresentação de demonstrações financeiras das empresas ao redor do mundo.

    Como essas normas são aceitas em mais de 120 países, é possível a padronização desses procedimentos, permitindo a troca de informações e comparações entre empresas de diferentes nações.

    Neste contexto, surge o IFRS S1 e S2!

    Os padrões IFRS S1 e S2, publicados pelo ISSB (International Sustainability Standards Board), são dois novos conjuntos de diretrizes a serem adotadas pelas empresas, relacionados com questões de sustentabilidade e aspectos climáticos.

    Assim, o intuito é uniformizar os relatos financeiros e de sustentabilidade, criando uma base global de relatos, com foco em investidores.

    O IFRS S1 visa a comunicação de informações relacionadas à sustentabilidade aos investidores.

    Isso significa que esse conjunto de normas determina que as companhias devem fornecer informações sobre os riscos e oportunidades de sustentabilidade que enfrentam e como esses fatores podem impactar seus negócios ao longo do tempo.

    Por outro lado, o IFRS S2 reúne os requisitos de divulgação específicos que se concentram nas questões climáticas da organização. Inclusive, esse conjunto foi desenvolvido para ser usado em simultâneo com o IFRS S1.

    Qual a importância de realizar relatórios financeiros que abordam os riscos e oportunidades ambientais?

    Quando as empresas elaboram relatórios financeiros que trazem uma análise abrangente dos riscos e oportunidades ambientais, ajudam os potenciais clientes a tomarem decisões mais assertivas, atraem investidores conscientes e evitam potenciais danos financeiros associados a questões ambientais.

    Existem ainda uma série de outros benefícios de adotar esses relatórios, por exemplo:

    Transparência e prestação de contas

    Os relatórios que detalham riscos e oportunidades ambientais demonstram que a empresa está comprometida em prestar contas pelo seu desempenho ambiental.

    Avaliação de riscos financeiros

    Como as mudanças climáticas e outras questões ambientais podem ter impactos financeiros significativos para uma empresa, elaborar documentos que avaliam esses riscos ajuda a empresa a identificar vulnerabilidades financeiras e a tomar medidas para mitigá-las.

    Atratividade para investidores

    As organizações que demonstram uma compreensão sólida dos riscos e oportunidades ambientais são mais atraentes para investidores que buscam empresas sustentáveis e com visão de longo prazo.

    Inovação e eficiência

    A adoção de medidas inteligentes para controlar os aspectos e impactos socioambientais, como por exemplo, a busca por eficiência energética, a adoção de tecnologias limpas e a redução do desperdício, ajudam a melhorar o desempenho socioambiental e a reduzir os custos.

    Reputação

    O comprometimento com a sustentabilidade e a gestão responsável dos recursos naturais melhora a reputação da empresa no mercado, tanto para os consumidores, como para os investidores.

    Prevenção a problemas de atendimento a requisitos legais

    O acompanhamento e avaliação periódica dos riscos ambientais garante que a empresa atenda aos requisitos legais, evitando multas e sanções.

    E as vantagens dos relatórios IFRS S1 e S2?

    Os relatórios IFRS S1 e S2 têm o objetivo de melhorar a transparência e a compreensão dos investidores sobre os aspectos climáticos e de sustentabilidade das empresas.

    Isso acontece a partir da padronização das normas seguidas pelas empresas de todo mundo.

    Assim, além de facilitar o entendimento e comparação dos investidores, os próprios gestores também podem aproveitar esses dados padronizados no processo interno de tomada de decisões e mudanças.

    Além disso, os relatórios IFRS S1 e S2 podem ajudar a melhorar a qualidade dos dados emitidos pelas empresas, bem como impactar positivamente no custo de capital, estratégia, governança e entre outros.

    Especificamente em relação às mudanças climáticas, o IFRS S2 traz diretrizes para a comunicação das emissões de gases com efeito de estufa e as suas ações para as reduzi-las.

    Então, ao incorporar esta informação nos seus relatórios financeiros, as empresas demonstram o seu compromisso com a descarbonização e a responsabilidade ambiental, o que pode ajudá-las a destacar-se dos seus concorrentes.

    Por exemplo, imagine uma empresa fabricante de roupas. Ao adotar uma abordagem de descarbonização, esta empresa pode implementar medidas para reduzir as suas emissões de gases com efeito de estufa, como a utilização de fontes de energia renováveis nas suas fábricas e a implementação de práticas de transporte mais sustentáveis.

    Ao reportar estas ações de acordo com as IFRS S1 e IFRS S2, a empresa pode mostrar aos consumidores que adota medidas concretas para reduzir o seu impacto no ambiente, o que pode melhorar a sua reputação e competitividade no mercado.

    Ou seja, ao adotar uma abordagem rumo à descarbonização das operações e utilizar as normas IFRS S1 e IFRS S2, as empresas podem não só contribuir para a proteção ambiental, mas também reforçar a sua competitividade no mercado.

    Qual passo a passo para elaborar os relatórios?

    Existem algumas atividades fundamentais para seguir de modo a elaborar os relatórios com base no IFRS S1 e S2, a saber:

    Avaliar os temas materiais

    O primeiro passo será avaliar quais são os temas materiais da empresa e, assim, quais tópicos das normas deverão ser relatados.

    Avaliar o grau de maturidade da empresa

    Será fundamental avaliar as políticas, os processos, a disponibilidade de dados e o ambiente de controle da empesa.

    Ademais, caso outros relatórios já tenham sido elaborados, como por exemplo, o Relatório de Sustentabilidade com base no GRI, as informações poderão ser organizadas e aproveitadas.

    Elaborar o relatório para divulgação

    A coleta e organização dos dados seguindo as diretrizes da norma é fundamental para elaboração do relatório.

    Estar pronto para auditorias de asseguração

    Será fundamental manter evidências dos dados relatados de modo a respaldar as informações em caso de auditoria para asseguração.

    Então, com a elaboração do relatório com base nas diretrizes do IFSR S1 e S2, será possível mapear os pontos fortes e fracos da empresa, mitigar os riscos e potencializar as oportunidades.

    Dessa forma, além da transparência para os principais stakeholders, novos insights surgirão para impulsionar o crescimento sustentável do negócio!