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Carbono neutro: o que isso significa?

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    Afinal, o que significa ser Carbono Neutro?

    As concentrações de gases do efeito estufa atingiram 413,2 partes por milhão (ppm) em todo o mundo, 149% em relação aos níveis pré-industriais.

    Diante desse cenário, é preciso adotar ações práticas de redução das emissões de Gases do Efeito Estufa, de modo a garantir a vida na terra com segurança.

    Ao adotar um Plano de Descarbonização, a organização pode reduzir suas emissões até o ponto de se tornar Carbono Neutro e, neste artigo, explicaremos mais o assunto!

    Qual a necessidade das organizações pensarem na descarbonização das atividades?

    A descarbonização é o processo voltado à redução da emissão gases do efeito estufa na atmosfera através de medidas de mitigação e neutralização de carbono.

    O principal objetivo desse processo é garantir uma economia global com emissões reduzidas, proporcionando a redução dos impactos ambientais e mudanças climáticas no mundo.

    Como as empresas e organizações são as principais responsáveis pela emissão de GEE, a adoção da descarbonização das operações se tornou uma medida fundamental.

    Além de contribuir para a redução dos impactos ambientais, essa estratégia também ajuda a melhorar a imagem das organizações, que podem adotar selos verdes e sustentáveis — cada vez mais exigidos por investidores e consumidores.

    Passo a passo da descarbonização

    O Carbono Neutro é o título dado às empresas que conseguem neutralizar todas as emissões de gases de efeito estufa, seja reduzindo e/ou compensando-as, até atingir o balanço zero.

    Veja abaixo outros passos fundamentais para se tornar Carbono Neutro:

    1. Realização do inventário de Gases do Efeito Estufa (GEE)

    A elaboração de um diagnóstico completo da organização e a definição do escopo operacional e organizacional são os primeiros passos para iniciar o processo de redução das emissões dos GEE.

    Durante essa etapa, é fundamental executar uma completa coleta de dados, envolvendo os diferentes setores da empresa, de modo que seja possível identificar as potenciais fontes de emissão.

    Além disso, a organização deverá organizar os dados coletados e realizar os devidos cálculos para chegar na emissão total em tCO2eq. As metodologias mais usadas nesse cálculo são:

    • GHG Protocol;
    • ISO 14064.

    2. Elaboração do Projeto de Redução e/ou Neutralização das Emissões de GEE

    A segunda etapa consiste no planejamento do projeto de redução das emissões de GEE, bem como na avaliação da possibilidade de aquisição de créditos de carbono para neutralizar as emissões residuais.

    Além disso, é importante considerar os requisitos legais que devem ser atendidos pela empresa, caso existam.

    3. Implementação do Projeto de Redução e/ou Neutralização das emissões de GEE

    A terceira etapa desse processo consiste na adoção de ações capazes de evitar ou mitigar as emissões.

    Alguns exemplos que podem ser adotados são:

    • Renovar a frota;
    • Adquirir I-Recs;
    • Instalar usinas fotovoltaicas;
    • Implementar tecnologias específicas;
    • Definir projetos de eficiência energética;
    • Trocar os combustíveis utilizados na frota por opções menos poluentes;
    • Realizar a manutenção preventiva ou troca de equipamentos obsoletos;
    • Realizar o manejo adequado da destinação dos resíduos;
    • Comprar energia renovável no mercado livre.

    Além disso, a empresa deve adotar um monitoramento periódico para identificar as melhorias obtidas, realizando-se um estudo específico para quantificar quanto de emissão de GEE foi evitada ou mitigada. O registro desses dados em relatórios com periodicidade definida também é necessário.

    Este é também o momento de avaliar quais medidas foram eficazes, quais apresentaram dificuldade na implementação ou não surtiram os efeitos desejados, determinando adaptações e melhorias.

    4. Neutralização das emissões de GEE

    Ainda que sua empresa se empenhe de forma efetiva no desenvolvimento e execução do Projeto de redução de GEE, emissões residuais podem ocorrer, que dificilmente serão evitadas ou mitigadas.

    Nesses casos, a empresa poderá atuar na neutralização das emissões através da compra de créditos de carbono para reduzir ou zerar emissões de CO2.

    A escolha de projetos confiáveis que forneçam certificados válidos é fundamental para garantir a neutralização e para fazer a melhor escolha, utilizando as orientações fornecidas pela ABNT PR 2060.

    Enfim, carbono neutro!

    Ao adotar todas as medidas citadas, será possível identificar, através da realização de comparativos entre os inventários de gases de efeito estufa, se todas as emissões da empresa foram mitigadas ou neutralizadas, de modo a obter um balanço neutro.

    Neste caso, a organização poderá adotar um selo – com base em um processo de verificação – que corrobore seu estado de Carbono Neutro.

    Ressaltamos que, normalmente, os selos têm duração de um ano e, após este período, nova verificação deve ser feita para avaliar se o balanço das emissões continua neutra.

    Além disso, é importante frisar que este é um processo que demanda tempo, dedicação e esforços da organização, que pode contar com o apoio de uma consultoria especializada para guiar o processo!

    Na Carbono Zero, podemos te ajudar. Entre em contato com nosso time de especialistas!

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