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Carbono Zero na COP16: saiba tudo o que foi debatido na primeira semana

    Carbono Zero na COP16: Saiba tudo o que foi debatido na primeira semana

    Por Larissa Silvestri, Especialista Internacional de Sustentabilidade.

    A primeira semana da COP16 em Cali, na Colômbia, trouxe uma energia intensa e um foco nítido na implementação do Global Biodiversity Framework (GBF), adotado na COP15 após 4 anos de negociações.

    Aqui, as discussões foram além da teoria: nos muitos side-events realizados, como os do Pavilhão do GEF (Global Environmental Facility), participantes exploraram a fundo as novas opções de financiamento voltadas a projetos de biodiversidade e clima, e também ao mercado de carbono.

    O mercado de carbono se expande com novas oportunidades para empresas que buscam diversificar suas atuações em créditos de biodiversidade.

    Esse impulso inclui iniciativas como “nature tech”, que demonstra como empresas estão usando IA, dados de satélite, IoT e outras ferramentas digitais para a redução de custos, mitigação de riscos ambientais, e ainda construção de modelos nature-positive de negócios, com investimentos que podem ultrapassar US$ 2 bilhões.

    Um novo programa de créditos de biodiversidade foi apresentado, possibilitando um engajamento corporativo que vai além da compensação de carbono, integrando preservação da biodiversidade e ações contra a mudança climática.

    Essa COP também reflete um cenário promissor para o setor financeiro, que está cada vez mais atento ao tema da biodiversidade.

    Empresas e bancos estão formando pontes importantes com as causas ambientais, com um compromisso que busca não apenas alinhar políticas climáticas e de biodiversidade, mas também aumentar a transparência e confiança no mercado de carbono, com projetos inovadores de remoção de carbono e conservação florestal.

    As metas são ambiciosas: alcançar os US$ 200 bilhões anuais para a biodiversidade até 2030, abrindo portas para um futuro em que as soluções ambientais e os investimentos caminhem lado a lado.

    Estamos aqui na COP 16 atentos às oportunidades de financiamento em projetos de mercado de carbono, através de inúmeros side-events nos Pavilhões do GEF (Global Environmental Facility), que é um conjunto de fundos dedicados a enfrentar a perda de biodiversidade, as mudanças climáticas e a poluição, além de apoiar a saúde da terra e dos oceanos.

    Além disso, ressaltamos que esta COP marca uma mudança no cenário anterior em relação a atenção das empresas e bancos no tema de biodiversidade, marcando um cenário propício para a construção de pontes.